Ouvi esta gravação através do blog do Andrei Bastos (http://blog.andrei.bastos.nom.br) e comecei a refletir sobre o papel do jornalista ao longo dos anos. E também sobre a paixão com que executam as suas atividades diárias.
Trata-se da última edição do Repórter Esso a ir ao ar, em 1968, pela Rádio Nacional. A narração emocionada de Roberto Figueiredo deixa transparecer a tristeza com o fim do Repórter e o carinho e comprometimento que os jornalistas tinham com os veículos em que trabalhavam.
Posso estar enganada, mas parece que, atualmente, os repórteres e demais profissionais da Comunicação não são tão apaixonados pelo que fazem. Percebi isto na faculdade e percebo hoje quando reencontro os meus colegas. Talvez pela remuneração tão baixa de um comunicador, pela desvalorização do profissional ou até mesmo pela facilidade com que as notícias chegam ao espectador de hoje. TV, rádio e principalmente a Internet diminuíram muito o tempo de disseminação de uma notícia e fizeram com que tudo parecesse muito fácil.
Os próprios blogs informativos (espalhados aos montes pelos quatro cantos da web) nos dão a impressão constante de que qualquer indivíduo é capaz de fazer notícia, desvalorizando aqueles profissionais que dedicaram seu tempo e seu empenho a aprender uma profissão tão fundamental para o mundo.
No entanto, é importante lembrar que não é tão fácil fazer jornalismo e não é qualquer um que tem o dom de fazer parecer fácil. É raro encontrar narrações tão emocionadas como a última do Repórter Esso.
Vale a pena conferir no link: http://www.ijigg.com/songs/V2BGC44GPD
Um comentário:
Lorenna,
Infelizmente essa é uma realidade de muitos profissionais brasileiros. Não sou só os jornalistas que passam por essa desvalorização. Dentro da psicologia também sinto muito isso. Eu acho tudo isso muito triste.
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