Ok. Resolvi que vou tentar de novo...
Não sei se ainda sei fazer isso e confesso que essa página em branco do Word me amedronta de uma certa forma e me faz querer desistir. Mas, ao mesmo tempo, ela me encoraja a tentar redescobrir a pessoa que ficou perdida no passado. Que ria dos ônibus lotados, que não se importava em errar os caminhos, que apesar de ficar estressada com um temporal no meio do dia, no fim das contas, achava graça. Levava a vida com um pouco mais de leveza. E acho que ela até conseguia tirar mais proveito do tempo. Bom, pelo menos, conseguia transformar essas situações em textos engraçados, que ainda me arrancam algumas risadas e boas lembranças. E, com certeza, aproveitava melhor o tempo, nunca perdidos, dos engarrafamentos.
Na verdade, não sei mais as regras da gramática tão de cor como sabia há uns seis anos atrás. E acabo tendo que recorrer ao Mestre Google para ter certeza da regrinha dos porquês. Eu conjugava verbos complicados com uma tranquilidade absoluta. Hoje, não mais. Enferrujei. Empoeirei. Criei teia de aranha. E mofei. Aliás, esse verbo tem sido muito comum no meu vocabulário dos últimos três anos, mas deixa esse assunto pra outro post porque agora... Eu me reempolguei!
Tirei o blog do ar há um tempinho por pura insegurança. Quando a gente procura emprego, a primeira coisa que faz é jogar o próprio nome do Google (bom, eu, pelo menos, faço isso direto). E toda a vez que jogava o meu nome no buscador, o resultado era:
- este blog;
- meus textos do jornal da faculdade que insistem em estar online no arquivo do site da faculdade;
- minha página do Fotolog (Essas coisas é que matam. Nem lembrava mais qual era o meu login do Fotolog e demorei umas três semanas para conseguir deletar a página porque o email cadastrado também não existia mais. Foi muito difícil provar que eu era eu e que eu queria excluir aquela página);
- o meu blog de dança;
- muitas e muitas fotos de dança;
- muitos e muitos vídeos de dança.
- meus textos do jornal da faculdade que insistem em estar online no arquivo do site da faculdade;
- minha página do Fotolog (Essas coisas é que matam. Nem lembrava mais qual era o meu login do Fotolog e demorei umas três semanas para conseguir deletar a página porque o email cadastrado também não existia mais. Foi muito difícil provar que eu era eu e que eu queria excluir aquela página);
- o meu blog de dança;
- muitas e muitas fotos de dança;
- muitos e muitos vídeos de dança.
Conclusão: não vai dar para esconder que eu danço, nem que eu escrevia textos no jornal da faculdade (muito embora os textos que eu escrevia naquela época eram bem melhores do que os que eu escrevo hoje). A única coisa que dava para esconder eram as minhas reflexões e opiniões inúteis postadas no meu blog. E eu achava (e ainda acho) que isso podia afetar negativamente a impressão das pessoas sobre a minha vida profissional. Daí eu resolvi que ia deletar.
Não tive coragem.
Então eu resolvi que ia criar um login para que só eu acessasse. E, claro, também não queria perder o domínio do “Quem não pode se sacode”.
Só que eu não imaginei que deletando o blog. Ou melhor: escondendo o blog, eu estaria escondendo, também, um lado muito importante de mim. E perdendo um dos meus principais espaços de criatividade e, por que não, de autenticidade.
Não escrevo mais com tanta facilidade. Não sei mais as regras gramaticais com tanta certeza. Não escrevo com a mesma coesão e fluidez com que fazia antigamente. Mas vou tentar. Vou deixar o blog aqui pra mim, por enquanto. Qualquer dia, deixo ele aberto novamente.
Mas, por enquanto, sem pressa. E com a única pretensão de reencontrar aquela pessoa que não se importava com os ônibus lotados, temporais ou engarrafamentos...
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